Legal Design, Visual Law e a inovação na comunicação jurídica

Descubra como esses dois conceitos fortalecem a imagem dos advogados por meio do marketing jurídico e melhoram a comunicação com os seus públicos

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Roberta Lovato, advogada e analista de marketing jurídico

8/11/20257 min read

Mesa com materiais de escritório e mão com marca-texto
Mesa com materiais de escritório e mão com marca-texto

O Direito sempre foi conhecido por sua complexidade. Petições extensas, contratos repletos de cláusulas difíceis e pareceres que só advogados entendem fazem parte da rotina forense.

Mas, hoje em dia (e cada vez mais) as informações precisam ser compreendidas rapidamente, e com isso nasceu uma nova abordagem: Legal Design e Visual Law.

Essas metodologias dentro do marketing jurídico vêm ganhando destaque porque ajudam advogados, empresas e escritórios a se comunicar melhor com clientes, juízes e até com colegas de profissão.

Mas afinal, o que é Legal Design e o que é Visual Law? Qual a diferença entre eles? E, principalmente, como aplicar Visual Law e Legal Design na advocacia?

Neste artigo, vamos explicar tudo isso, mostrando por que essas ferramentas fazem parte de uma comunicação jurídica moderna e como elas podem ser funcionais para os escritórios.

Siga a leitura!

O que é o Legal Design?

Para entender o Legal Design na advocacia, precisamos começar pelo conceito principal.

O Legal Design é a aplicação do design thinking ao Direito. Em outras palavras, é o uso de metodologias de design centradas no usuário para deixar a experiência jurídica mais clara e acessível.

Isso significa que, ao criar um contrato, parecer ou petição, o advogado não pensa apenas no conteúdo jurídico, mas também em como o destinatário vai receber, ler e entender essa informação.

Veja um exemplo simples de como usar Legal Design:

  • Em vez de enviar um contrato com 20 páginas em bloco de texto, o advogado pode organizar cláusulas em tópicos claros, usar resumos em destaque, incluir checklists e fluxogramas que mostram o passo a passo das obrigações.

Essa abordagem melhora a experiência de quem lê e evita retrabalhos, dúvidas e interpretações equivocadas.

Portanto, Legal Design para advogados significa pensar como comunicador e não só como técnico do Direito, garantindo que a informação jurídica seja funcional e compreensível.

O que é o Visual Law?

Se o Legal Design é a metodologia mais ampla, o Visual Law é uma de suas ferramentas. Em termos simples, Visual Law é o uso de recursos visuais para comunicar conteúdos jurídicos de maneira clara e certeira.

Vejo o que esses recursos podem incluir:

  • Infográficos e fluxogramas;

  • Quadros comparativos;

  • Ícones e cores que destacam obrigações ou prazos;

  • Gráficos que resumem dados processuais;

  • Layouts visuais em contratos ou petições.

Confira um exemplo de como aplicar Visual Law na advocacia:

  • Em vez de entregar uma petição com 30 páginas de texto corrido, o advogado inclui resumos executivos, fluxogramas do processo e tabelas que mostram rapidamente o que o juiz precisa saber.

  • Isso facilita a leitura, aumenta as chances de compreensão e dá mais efetividade à argumentação jurídica.

Dessa forma, Visual Law na advocacia não substitui o conteúdo técnico, mas faz com que ele seja mais acessível e direto.

Diferença entre Legal Design e Visual Law

Muitos advogados confundem os conceitos. Para entender o que é Legal Design e o que é Visual Law, pense assim:

  • Legal Design: é a metodologia, o processo criativo que busca melhorar a experiência jurídica como um todo;

  • Visual Law: é uma ferramenta visual que faz parte do Legal Design, ajudando a traduzir informações jurídicas de maneira clara e gráfica.

Em síntese, todo Visual Law está dentro do Legal Design, mas nem todo Legal Design depende do Visual Law.

Você pode aplicar Legal Design para advogados reorganizando informações de maneira mais amigável, mesmo sem elementos visuais complexos.

Por que Legal Design e Visual Law são importantes?

O Legal Design e o Visual Law para advogados não são só tendências, mas respostas às novas demandas do mercado jurídico.

A sociedade está mais digital, mais informada e mais apressada. Poucas pessoas querem ou têm tempo para ler 50 páginas de um contrato ou decisão judicial.

Entre os principais benefícios do uso do Legal Design e Visual Law na advocacia, veja o que podemos destacar:

  1. Clareza na comunicação

    • Textos mais objetivos e visuais reduzem ambiguidades.

  2. Redução de conflitos e retrabalhos

    • Contratos claros diminuem o risco de interpretação errada.

  3. Agilidade na tomada de decisão

    • Clientes e juízes entendem rapidamente o que está em jogo.

  4. Fortalecimento da imagem do advogado

    • Profissionais que dominam Legal Design para advogados se destacam por modernidade e eficiência.

Um contrato, parecer ou petição visual não é apenas bonito. Ele resolve problemas de comunicação, que são uma das maiores fontes de litígio e desgaste da sociedade.

Exemplos de Legal Design e Visual Law na advocacia

Para entender como aplicar Visual Law e como usar Legal Design na rotina jurídica, veja alguns exemplos:

1. Contratos claros e ilustrados

  • Títulos e subtítulos organizados;

  • Cláusulas resumidas em boxes explicativos;

  • Ícones para obrigações de cada parte;

  • Cronogramas ou linhas do tempo para prazos importantes.

2. Petições visuais

  • Sumário inicial destacando pontos-chave;

  • Fluxogramas para explicar etapas do processo;

  • Tabelas comparativas para decisões conflitantes.

3. Pareceres e relatórios para clientes

  • Infográficos mostrando riscos e oportunidades;

  • Quadros-resumo das principais recomendações;

  • Destaques em cores para decisões urgentes.

Esses recursos fazem com que o trabalho do advogado seja mais eficiente e também melhoram a experiência do usuário, que pode ser um cliente, um colega de escritório ou até mesmo o juiz que receberá aquela informação.

Cuidado: Visual Law exige responsabilidade

Ao transformar documentos jurídicos em materiais visuais, o advogado precisa considerar questões éticas e jurídicas que acompanham essa inovação.

Embora o Legal Design e o Visual Law tragam clareza e facilitem a comunicação, é necessário que essa simplificação não comprometa a segurança jurídica dos procedimentos.

Veja a seguir alguns pontos de atenção importantes.

1. Risco de simplificação excessiva

Ao criar contratos, pareceres ou petições visuais, é preciso cuidado para que o recurso visual não altere o sentido jurídico do texto.

Um infográfico ou fluxograma deve complementar a informação, e não substituir cláusulas ou fundamentos jurídicos.

2. Manutenção da formalidade e validade jurídica

Documentos visuais continuam sendo peças jurídicas e devem respeitar a estrutura formal exigida.

E, no caso de petições e contratos, recomenda-se que o conteúdo técnico completo esteja presente, ainda que acompanhado de elementos visuais.

3. Cuidados com normas da OAB

O uso de Visual Law na advocacia para fins de marketing deve seguir a ética da publicidade profissional.

E materiais excessivamente chamativos ou que aparentem caráter promocional podem ser interpretados como publicidade irregular, conforme o Código de Ética da OAB.

Tenha cuidado!

Ao aplicar Legal Design para advogados de maneira responsável, é possível equilibrar inovação e segurança jurídica, fortalecendo a credibilidade do profissional e transmitindo confiança ao cliente e ao Judiciário.

Como aplicar o Legal Design e o Visual Law na advocacia?

Agora que você já sabe o que é Visual Law e o que é Legal Design, vem o questionamento: como usar Legal Design e Visual Law no dia a dia?

Veja um passo a passo simples:

1. Comece com o usuário em mente

Pergunte-se: quem vai ler este documento?

  • Um cliente leigo?

  • Um juiz sobrecarregado?

  • Um colega de equipe que precisa tomar decisões rápidas?

2. Organize o conteúdo de maneira hierárquica

  • Comece com o que é mais importante;

  • Divida o texto em seções curtas;

  • Use palavras de transição para guiar o leitor.

3. Simplifique a linguagem

  • Evite jargões jurídicos desnecessários;

  • Quando um termo técnico for inevitável, explique-o;

  • Prefira frases curtas e voz ativa.

4. Adicione recursos visuais estratégicos

  • Use ícones, quadros e tabelas para organizar informações;

  • Prefira cores suaves, que ajudem a leitura;

  • Lembre-se: o visual serve ao conteúdo, e não o contrário.

5. Teste a experiência do leitor

  • Peça para alguém de fora do Direito ler o documento;

  • Observe se a compreensão é imediata;

  • Ajuste pontos confusos ou que exijam muito esforço de leitura.

Dicas de marketing jurídico

Por fim, separamos aqui mais algumas dicas relacionadas ao Legal Design e ao Visual Law. Veja a seguir.

Estude boas referências

  • Observe contratos e petições visuais já publicados;

  • Analise como grandes escritórios organizam relatórios para clientes.

Comece com pequenos ajustes

  • Insira resumos executivos e títulos claros;

  • Só depois avance para gráficos e infográficos.

Use ferramentas digitais simples

  • PowerPoint, Canva e plataformas de diagramação já ajudam muito;

  • O principal é organização e clareza, não sofisticação tecnológica.

Foque em funcionalidade, não só na estética

  • Um documento bonito, mas confuso, não cumpre o papel do Visual Law na advocacia.

  • A beleza vem como consequência da boa organização.

Conclusão

O Legal Design e o Visual Law representam uma mudança de mentalidade na forma como os advogados comunicam o Direito.
Essas ferramentas são tendências estéticas e estratégias para deixar o conteúdo jurídico claro, acessível e funcional.

Ao entender o que é Legal Design, o que é Visual Law e como aplicar Visual Law na advocacia, o advogado melhora sua comunicação com clientes e tribunais, reduz conflitos e se posiciona como um profissional moderno e eficiente.

No fim das contas, Legal Design e o Visual Law para advogados não são somente técnicas: são maneiras de exercer cidadania jurídica, aproximando o Direito das pessoas que realmente precisam entendê-lo.

Se você deseja comunicar melhor no Direito: simplifique, organize e transforme informação jurídica em experiência clara e visual.

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