Marketing jurídico no Instagram: Como engajar com vídeos?

Aprenda como advogados podem usar vídeos para gerar engajamento em redes como Instagram, TikTok e YouTube atraindo clientes de forma ética e eficaz

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Amanda de Sordi, coordenadora da Gandini Comunicação

7/2/202512 min read

Desenho de celular com ícones de redes sociais e de gravação
Desenho de celular com ícones de redes sociais e de gravação

As redes sociais mudaram completamente o jogo da comunicação jurídica! Vemos hoje como os vídeos curtos dominaram a internet. Nos últimos dois anos, vimos uma verdadeira revolução na forma como os advogados se comunicam online. E o TikTok e o Reels do Instagram premiam conteúdos dinâmicos e autênticos com menos de 3 minutos de duração (formato perfeito para explicar conceitos jurídicos de forma objetiva e cativante).

Trazemos aqui no blog um guia completo com dicas práticas para advogados que querem mergulhar no mundo dos vídeos e Reels, ferramentas essenciais para criar conexões reais com potenciais clientes.

Com bilhões de pessoas navegando diariamente nas redes sociais, existe um oceano de oportunidades para profissionais do direito que sabem transformar seu conhecimento jurídico em conteúdo envolvente, sempre respeitando as diretrizes éticas da OAB.

Confira a seguir como planejar e executar uma estratégia de marketing para advogados neste sentido.

Vídeos atraindo clientes

A revolução dos vídeos transformou radicalmente a maneira como advogados conquistam novos clientes no ambiente digital. O YouTube abriu portas incríveis para profissionais jurídicos ampliarem seu alcance e construírem uma reputação sólida online.

Vídeos jurídicos constroem autoridade digital

Gravar vídeos vai muito além de simplesmente divulgar serviços: é uma forma poderosa de construir credibilidade. Quando você aparece na tela, seja com um roteiro bem estruturado ou falando de forma mais natural e improvisada, cada vídeo serve como prova viva do seu conhecimento.

A escolha entre usar teleprompter ou falar mais espontaneamente depende do seu estilo; alguns advogados se sentem mais seguros com um texto preparado, enquanto outros brilham no improviso. O importante é encontrar seu jeito autêntico de se comunicar e manter a consistência nas publicações.

O YouTube se tornou uma ferramenta indispensável para advogados, funcionando como um verdadeiro Google do conteúdo em vídeo. Todo dia, milhares de pessoas buscam respostas para suas dúvidas jurídicas na plataforma. Quando você cria vídeos que esclarecem essas questões de forma clara e acessível, não está somente ajudando quem procura, está construindo sua reputação como especialista no assunto.

Eduque e conquiste

Os vídeos educativos são verdadeiros trunfos para escritórios de advocacia. Eles permitem transformar aquele "juridiquês" complexo em explicações que qualquer pessoa consegue entender. Quando você simplifica conceitos jurídicos complicados, cria uma conexão genuína com seu público e planta sementes valiosas para futuros relacionamentos profissionais.

A mágica acontece quando você encontra seu próprio jeito de explicar o direito. Alguns advogados se destacam gravando tutoriais detalhados, outros brilham analisando casos famosos ou respondendo dúvidas frequentes dos seguidores. Uma dica é criar uma série semanal de FAQ jurídico, isso cria um compromisso com seu público e faz as pessoas voltarem sempre para mais conteúdo.

Humanização e confiança como diferenciais

Os vídeos têm esse poder único de criar conexões verdadeiras com quem está assistindo. Quando você aparece na tela, olhando diretamente para a câmera, sua linguagem corporal, seu tom de voz e suas expressões faciais transmitem muito mais que palavras. É como uma conversa cara a cara com cada pessoa que assiste.

A chave está em encontrar o equilíbrio entre profissionalismo e naturalidade. Alguns profissionais preferem usar teleprompter para vídeos mais técnicos, garantindo precisão nas informações. Outros se sentem mais à vontade improvisando, o que pode gerar uma conexão mais autêntica com o público. Não existe fórmula mágica, o importante é você se sentir confortável e transmitir segurança.

Importante: Vale lembrar que vídeos curtos, de até 3 minutos, têm performance muito superior nas redes sociais. Esse formato mais enxuto força você a ser objetivo e manter o interesse do público do início ao fim.

Na advocacia humanizada, o cliente é visto como uma pessoa única, com suas próprias histórias, medos e expectativas. Não se trata apenas de resolver questões jurídicas, mas de criar uma conexão que vai além do processo. Quando o advogado desenvolve uma escuta verdadeiramente ativa e demonstra empatia real, estabelece uma base sólida de confiança que naturalmente o destaca no mercado.

Formatos de vídeos que funcionam

A escolha do formato ideal de vídeo vai muito além de seguir tendências. É fundamental entender as particularidades de cada plataforma e como seu público interage com diferentes tipos de conteúdo. Por exemplo, vídeos mais longos funcionam melhor no YouTube, enquanto no Instagram e TikTok o ideal é manter-se abaixo dos 3 minutos para garantir maior engajamento.

Reels para advogados: como usar vídeos curtos

O Reels se tornou um verdadeiro divisor de águas para advogados nas redes sociais. Quanto à forma de apresentação, existem duas escolas principais: o uso de roteiro com teleprompter e a abordagem mais natural e improvisada.

O teleprompter garante precisão nas informações e um discurso mais estruturado, ideal para temas complexos que exigem detalhamento técnico. Já a fala improvisada, quando bem dominada, cria uma conexão mais autêntica e próxima com o público, perfeita para conteúdos mais leves e dicas práticas.

Para esse formato, os conteúdos que mais engajam incluem:

  • Explicações descomplicadas de conceitos jurídicos complexos, usando exemplos do dia a dia

  • Respostas objetivas para as dúvidas mais comuns com uma linguagem acessível e próxima da realidade das pessoas.

  • Desmistificação de temas jurídicos que geram muitas dúvidas no dia a dia, como questões de direito do consumidor, trabalhista e família, usando uma linguagem que aproxima o advogado do seu público

O segredo está na duração: mantenha seus vídeos entre 30 segundos e 1 minuto para garantir que as pessoas assistam até o final. Se precisar abordar temas mais complexos, você pode estender até 3 minutos, mas lembre-se de manter um ritmo dinâmico e uma linguagem clara e objetiva. A chave é fazer com que mesmo os conceitos mais técnicos façam sentido para quem está assistindo.

YouTube para advogados

O YouTube se consolidou como uma verdadeira biblioteca jurídica digital, onde você pode aprofundar temas que merecem uma análise mais detalhada. Diferente dos vídeos curtos, aqui você tem espaço para destrinchar assuntos complexos e mostrar todo seu conhecimento técnico, construindo uma autoridade sólida na sua área de atuação.

Nesses vídeos, você consegue transformar aquele "juridiquês" em explicações práticas e acessíveis. Pode abordar desde os direitos básicos do consumidor até questões trabalhistas mais intrincadas, sempre mantendo o formato horizontal, ideal para conteúdos mais elaborados e didáticos.

Vale investir em uma boa produção; não precisa ser nada extraordinário, mas um áudio limpo, uma iluminação adequada e um enquadramento bem feito já fazem toda diferença. Para deixar as explicações mais claras, experimente usar recursos visuais como gráficos simples ou pequenas animações nos pontos principais.

Lives e bastidores!

As lives são verdadeiras máquinas de engajamento: geram mais interações que vídeos tradicionais e prendem a atenção das pessoas por três vezes mais tempo. É aqui que você tem a chance de se conectar melhor com seu público, respondendo dúvidas em tempo real e mostrando os bastidores da advocacia de um jeito mais descontraído e autêntico.

Para criar lives que realmente engajam, mantenha uma rotina consistente: escolha um dia e horário que funcionem tanto para você quanto paro seu público. Essa previsibilidade ajuda a construir uma audiência fiel. O tempo ideal varia conforme o tema: assuntos mais leves podem render boas discussões em 15-20 minutos, enquanto tópicos complexos podem exigir até uma hora para um debate produtivo.

Nos bastidores do escritório, mostre seu lado humano. Compartilhe aquele café da manhã com a equipe, os momentos de preparação antes de uma audiência importante ou até mesmo as pequenas vitórias do dia a dia. Essas cenas cotidianas aproximam você do seu público e mostram que, por trás do terno e da gravata, existe um profissional acessível e real.

O roteiro para vídeos jurídicos

Um bom vídeo jurídico começa com um bom roteiro. Não é preciso um texto longo ou rebuscado: o ideal é que a estrutura seja simples, estratégica e direta ao ponto, especialmente em plataformas como TikTok e Instagram, onde os primeiros 5 segundos definem se o público continua assistindo ou desliza para o próximo conteúdo.

Comece com uma abertura impactante: use uma pergunta provocativa, uma frase curiosa ou um problema comum do dia a dia. Exemplo: “Seu contrato pode ser anulado por causa disso e você nem sabe”. Isso prende a atenção e sinaliza o valor do conteúdo logo de cara.

Em seguida, desenvolva a ideia com uma estrutura clara em quatro partes:

  • Objetivo: o que a pessoa vai aprender ou resolver com aquele vídeo.

  • Desenvolvimento: explique de forma simples, com exemplos reais do cotidiano, evitando juridiquês.

  • Exemplo prático: relacione o tema a uma situação comum para facilitar a compreensão.

  • Chamada para ação (CTA): diga ao público o que fazer em seguida: comentar uma dúvida, seguir o perfil ou salvar o vídeo.

Você pode variar os formatos: usar roteiro detalhado com teleprompter para temas mais técnicos ou improvisar com naturalidade quando for uma dica rápida ou um aviso importante. O mais importante é manter a autenticidade e uma linguagem acessível.

Além disso, o visual precisa acompanhar o ritmo: use cortes rápidos, legendas grandes e elementos gráficos que reforcem o que está sendo dito. Isso aumenta a retenção e sinaliza ao algoritmo que seu conteúdo merece ser entregue a mais pessoas.

Em resumo: vídeos curtos e bem roteirizados, com começo forte e conteúdo direto, são os que mais engajam e que melhor comunicam autoridade e proximidade ao mesmo tempo.

Erros comuns ao gravar vídeos jurídicos e como evitá-los

Na hora de produzir conteúdo em vídeo para a advocacia, alguns deslizes podem comprometer todo seu esforço. Vale a pena conhecer essas armadilhas comuns para criar materiais que realmente conectem com quem está assistindo.

Linguagem técnica demais e falta de clareza

O famoso "juridiquês" ainda é uma das maiores barreiras na comunicação com o público. Muitos colegas acabam exagerando nos termos técnicos sem perceber, criando um verdadeiro muro entre eles e quem assiste. Lembre-se: seu cliente quer entender como resolver seu problema, não fazer uma pós em Direito.

Quando for explicar conceitos jurídicos, pense em exemplos práticos do dia a dia. Em vez de citar artigos e jurisprudência, conte histórias reais (preservando o sigilo, claro). Por exemplo, ao falar sobre direito do consumidor, use casos concretos: "Como aquela vez em que ajudei uma cliente a resolver um problema com uma compra online que nunca chegou".

Ignorar aspectos visuais e sonoros

O áudio ruim é assassino de audiência. Você pode ter o melhor conteúdo do mundo, mas se o som estiver chiando ou com eco, ninguém vai aguentar assistir até o final. Invista em um bom microfone e teste o áudio antes de gravar.

Sobre o visual, não precisa de um estúdio profissional, mas cuide da iluminação e do enquadramento. Uma luz natural bem posicionada e um fundo organizado já fazem toda diferença. E não se esqueça de olhar para a câmera, criando uma conexão direta com quem está assistindo.

Vale ressaltar que vídeos mais naturais, sem roteiro engessado, costumam gerar mais engajamento. Claro, tenha em mente os pontos principais que quer abordar, mas deixe a conversa fluir com naturalidade. Essa espontaneidade humaniza sua comunicação e gera mais identificação com o público.

Quanto aos efeitos visuais, é preciso ter bom senso. Eles devem ser como um apoio sutil ao seu conteúdo, nunca roubando a cena principal. Sabe aquelas transições mirabolantes que mais parecem show de luzes? Pois é, elas podem acabar atrapalhando a mensagem que você quer passar. Antes de aplicar qualquer efeito, pare e reflita: “Isso realmente vai ajudar meu público a entender melhor o assunto?”

Na hora de escolher as cores e fontes, pense em legibilidade. Um contraste bem pensado entre texto e fundo pode fazer toda diferença para destacar pontos importantes. E quando falamos de transições, o segredo é a sutileza; elas devem guiar naturalmente o espectador pelo conteúdo, como uma conversa fluida.

Não adaptar o conteúdo à plataforma

Cada rede social tem sua própria linguagem, e ignorar isso é um tiro no pé. No TikTok, por exemplo, vídeos curtos e diretos, de no máximo 3 minutos, funcionam melhor. Já no YouTube, você pode se aprofundar mais no assunto. No Instagram, os Reels têm alcance até 10 vezes maior que posts estáticos, mas também pedem objetividade e dinamismo. O LinkedIn pede uma abordagem mais sóbria, embora ainda humana.

Falando em estratégias de gravação, existe uma diferença importante entre usar teleprompter e falar de forma mais natural. O teleprompter garante precisão, mas pode deixar sua fala mecânica. Já improvisar a partir de tópicos principais traz mais autenticidade e conexão com o público, embora exija mais prática e domínio do assunto.

Negligenciar o SEO e as boas práticas de cada plataforma é outro erro comum. Não adianta fazer um vídeo incrível se ninguém consegue encontrá-lo. Escolha palavras-chave estratégicas para o título, capriche na descrição e selecione tags relevantes, isso faz toda diferença na visibilidade do seu conteúdo.

O que a OAB permite em vídeos para redes sociais?

Ao produzir vídeos como advogado ou advogada, é fundamental observar os limites éticos definidos pela OAB. Conteúdos informativos são permitidos, mas existem regras claras:

  • É permitido: divulgar informações jurídicas, educar o público, explicar direitos e deveres de forma didática.

  • Não é permitido: prestar consulta individualizada, prometer resultados, fazer autopromoção exagerada, divulgar honorários ou usar expressões sensacionalistas.

Respeitar essas diretrizes fortalece sua credibilidade e demonstra profissionalismo. Além disso, ajuda a construir uma autoridade digital sólida sem risco de infração ética.

Como manter consistência na produção de vídeos

O sucesso nas redes sociais é uma maratona, não uma corrida de 100 metros. Mais que fazer vídeos excepcionais, é necessário manter uma frequência constante de publicações. É melhor postar conteúdos bons regularmente do que material extraordinário uma vez por mês.

Planejamento de conteúdo e calendário editorial

O calendário editorial é como um mapa do tesouro para seu marketing jurídico. Ele organiza toda sua estratégia de conteúdo ao longo do ano, definindo desde os temas até os formatos e canais. Não é só uma lista de assuntos aleatórios, é um planejamento estratégico baseado no que seu público realmente procura.

Com um bom calendário, você ganha organização, previsibilidade e evita aquela correria de última hora para criar conteúdo. Para a maioria dos escritórios, um post semanal no blog já funciona bem, desde que seja distribuído estrategicamente nas redes sociais.

Uso de ferramentas e agendamento de posts

Ferramentas como Trello e Monday são aliadas na organização do conteúdo. Você consegue visualizar todo seu planejamento mensal, separado por tipo de conteúdo e canal. Para advogados que trabalham sozinhos (66% dos profissionais no Brasil) usar agendadores como Calendly ajuda a equilibrar melhor o tempo entre criar conteúdo e cuidar dos processos.

Análise de dados para melhorar o desempenho

Por fim, dados são como uma bússola no mundo digital: eles mostram se você está no caminho certo. Para escritórios jurídicos, ferramentas como Legal One Analytics transformam números aparentemente sem sentido em insights valiosos para sua estratégia.

Fique de olho especialmente em três métricas: CTR (taxa de cliques), que mostra quantas pessoas se interessaram pelo seu conteúdo; tempo médio de visualização (AVD), que indica se seu vídeo está realmente prendendo a atenção; e porcentagem média de visualizações (AVP), que revela quanto do seu vídeo as pessoas assistem até o fim.

Dica: No Instagram e TikTok, por exemplo, vídeos com menos de 3 minutos têm desempenho muito melhor, já que as pessoas preferem conteúdo direto e objetivo.

Conclusão

O universo digital abriu um leque imenso de possibilidades para advogados e escritórios. Os vídeos se tornaram ferramentas importantes para quem quer construir uma presença online forte e se conectar de verdade com potenciais clientes.

Os advogados que querem se destacar no ambiente digital precisam enxergar a produção de vídeos como um investimento estratégico real!

Escolha uma plataforma que combine com seu perfil profissional e público-alvo. Defina alguns temas que você domina e que seus potenciais clientes realmente precisam entender. E estabeleça uma frequência realista de publicações: melhor postar um vídeo por semana consistentemente do que fazer 5 na empolgação e depois sumir.

Finalmente, mantenha-se alinhado às diretrizes éticas da OAB enquanto constrói sua presença digital. É possível ser criativo e profissional ao mesmo tempo, sem cair na autopromoção exagerada ou sensacionalismo. O respeito às normas profissionais, junto com criatividade e consistência, forma a base de uma advocacia moderna, acessível e verdadeiramente conectada com quem precisa dos seus serviços.

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