Marketing jurídico: o que pode e o que não pode

Saiba quais são as diretrizes da OAB para advogados e escritórios de advocacia prospectarem novos clientes a partir do marketing digital

Gandini Comunicação Jurídica

3/28/20246 min read

OAB, marketing jurídico, o que pode, o que não pode, advogados, escritórios, agência de comunicação
OAB, marketing jurídico, o que pode, o que não pode, advogados, escritórios, agência de comunicação

O marketing jurídico se tornou uma ferramenta essencial para os escritórios de advocacia aumentarem sua visibilidade e conquistarem clientes em um mercado altamente competitivo.

Com cerca de 1,3 milhão de advogados no Brasil, conforme dados do Conselho Federal da OAB, é crucial destacar-se para atrair potenciais clientes.

Contudo, muitos advogados ainda têm dúvidas com relação às regras relacionadas à promoção de ações de marketing no meio jurídico. Isso muitas vezes resulta em um receio de dar o primeiro passo.

Fique tranquilo! É totalmente possível conquistar novos clientes sem desrespeitar as normas da OAB.

Elaboramos um resumo que lista o que pode e o que não pode ser feito no âmbito do marketing jurídico.

Confira a seguir.

O que é o marketing jurídico

Antes de tudo, é importante entender bem como funciona essa área da comunicação cada vez mais reconhecida por advogados e escritórios como uma forma de expandir a carteira de clientes.

O marketing jurídico é uma estratégia essencial para escritórios de advocacia promoverem seus serviços e se destacarem em um mercado competitivo. Ele é dividido principalmente entre o outbound marketing e o inbound marketing.

O outbound marketing envolve táticas mais tradicionais a exemplo de anúncios pagos como Google Ads, disparo de e-mails e telemarketing para ir até o lead (cliente potencial). Por outro lado, o inbound marketing foca em atrair clientes até você por meio da criação de conteúdo relevante como artigos informativos, vídeos, o perfil no Google Meu Negócio e posts em redes sociais.

Entre as estratégias de marketing jurídico mais utilizadas, destaca-se o SEO (Search Engine Optimization). Ele visa melhorar o posicionamento do site nos mecanismos de busca. Aqui estamos falando do marketing de conteúdo que consiste na produção de artigos, vídeos e outros materiais relevantes para atrair e engajar o público-alvo. Outro exemplo é o uso das redes sociais para divulgar conteúdo e interagir com os seguidores.

O blog da agência conta com um resumo explicativo sobre as diferenças entre o outbound e o inbound marketing. Clique aqui para ler.

Todas as estratégias mencionadas têm o objetivo de demonstrar a expertise da empresa e resolvem as dúvidas dos clientes em potencial. Também podem ainda se somar a elas estratégias no âmbito das relações públicas como a assessoria de imprensa.

O mercado jurídico

O marketing tem se tornado cada vez mais relevante para advogados e escritórios de advocacia na era digital. Com a concorrência acirrada e a necessidade de se destacar no mercado, investir em estratégias nesse sentido é essencial para atrair e fidelizar clientes.

A presença online é indispensável para qualquer negócio e o ramo jurídico não é exceção. Os clientes em potencial estão cada vez mais conectados e recorrem à internet para buscar informações e soluções para seus problemas jurídicos. Portanto, é fundamental que os advogados e escritórios de advocacia estejam presentes nos canais digitais como sites, blogs e redes sociais para alcançar esse público e se destacar da concorrência.

Além disso, o marketing jurídico permite que os advogados demonstrem seu conhecimento em determinada área do direito. Por meio da produção de conteúdo relevante e de qualidade, é possível educar e informar os clientes em potencial sobre questões jurídicas, estabelecendo-se como referência no mercado. Isso gera confiança e credibilidade, fatores essenciais para conquistar a preferência dos clientes.

Marketing jurídico: o que pode fazer

Como já ressaltamos, investir em ações de marketing é fundamental para diferenciar-se da concorrência e expandir os negócios. No entanto, é importante observar que a publicidade na advocacia está sujeita a regulamentações específicas estabelecidas pela OAB, visando preservar a ética e a seriedade da profissão.

Conforme o Código de Ética e Disciplina da OAB e outras normativas, há diretrizes claras sobre o que é permitido e o que não é quando se trata de publicidade para escritórios de advocacia. É essencial que os advogados compreendam essas regras para evitar infrações disciplinares.

Entender essas diretrizes é fundamental para uma estratégia de marketing eficaz e dentro das normas estabelecidas pela OAB. Na dúvida, não deixe de pedir o auxílio de uma agência de comunicação especializada para aproveitar ao máximo todas as diversas oportunidades oferecidas pelo marketing digital.

Foco nas informações

Não há problema para a OAB que o advogado ou escritório de advocacia invista na criação e na divulgação de conteúdo, palestras e artigos. Contudo, ela deve ter um teor informativo ao invés de publicitário.

Mídias digitais

É totalmente permitida a presença do advogado ou do escritório nas redes sociais. Claro, ele não deve fazer nada nesses canais que desrespeite as normas do Código de Ética e Disciplina e Provimento 205/2021.

Atenção: A OAB não enxerga com bons olhos posts que relacionam a ostentação à profissão. Publicar bens materiais no sentido de que eles foram conquistados graças a advocacia não é uma boa ideia.

Mídia paga

A OAB permite o patrocínio ou impulsionamento em redes sociais. Contudo, eles não devem conter conteúdo publicitário como a oferta de serviços jurídicos.

Transmissões ao vivo

Não há problemas em realizar lives nas redes sociais e em plataformas de vídeo. Claro, o conteúdo transmitido deve estar de acordo com as normas do Código de Ética e Disciplina e do Provimento 205/2021.

Uso de robô de autorresposta

A utilização de chatbot é permitida para facilitar a comunicação ou melhorar a prestação de serviços jurídicos. Também não há restrição quanto ao uso de site para esclarecimento das primeiras dúvidas de um lead ou para o encaminhamento das primeiras informações ou documentos para ingressar com uma petição.

Marketing jurídico: O que não pode fazer

Agora que vimos as inúmeras possibilidades na atuação do marketing jurídico, é importante prestar atenção nas restrições que existem. Essa é a melhor forma de você conquistar novos clientes ao mesmo tempo em que garante o cumprimento do código de ética e conduta profissional. Na dúvida, não deixe de contar com o apoio de uma agência de comunicação especializada.

Sem presentes e sem abordagem agressiva

A OAB proíbe que o advogado ou escritório de advocacia faça promoções mercantis a exemplo de ofertas, sorteios, frases persuasivas, promessas de ganhos financeiros, utilização da gratuidade como propósito de captação de clientes e o oferecimento de brindes.

Contar quem contrata os seus serviços

É proibido divulgar a sua lista de clientes como uma forma de fazer publicidade.

Vídeos chamativos

Outra proibição está em fazer anúncios ostensivos nas plataformas de vídeo.

Disparos em massa

É totalmente vedado o envio de cartas e comunicações conhecido como "mala direta", a menos que tenha sido previamente autorizado pela OAB. E o conteúdo da comunicação não pode ter teor publicitário.

Sem conteúdo patrocinado

Também é restrito pagar por publieditoriais ou outros conteúdos em veículos jornalísticos para promover o nome do advogado ou do escritório de advocacia.

Sem bom humor

Por fim, a OAB também proíbe a utilização de conteúdo que deprecie a advocacia. Isso vale até para a publicação de "memes", qualquer imagem ou vídeo em tom humorístico.

Conclusão

Como percebemos, o investimento em marketing jurídico é de extrema importância para os escritórios de advocacia. Entretanto, é crucial seguir as diretrizes éticas estabelecidas pela OAB para garantir uma atuação profissional e eficaz no ambiente digital.

Além disso, é importante ressaltar que o marketing jurídico vai além das estratégias digitais. É necessário também investir em networking, participar de eventos e conferências da área, estabelecer parcerias com outros profissionais e buscar formas de se manter atualizado com as tendências do mercado.

Um último ponto é que o marketing jurídico não é uma estratégia pontual, mas um processo contínuo. É necessário estar sempre atualizado com as novidades do mercado, buscar formas de se diferenciar da concorrência e adaptar as estratégias de acordo com as mudanças no comportamento dos consumidores e nas tendências de mercado.

E se você necessitar de ajuda para planejar e executar a sua estratégia de marketing jurídico em alinhamento às diretrizes da OAB, sabe que pode contar com a Gandini Comunicação Jurídica.

Somos uma agência especializada em advogados e escritórios de advocacia. E a nossa missão é atrair clientes para você e aprimorar os seus canais de comunicação.

Fale conosco e peça um orçamento agora! Contamos com diversas opções de investimento e oferecemos demonstrações gratuitas dos nossos serviços.